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Realidade Virtual – o novo mecanismo dos tempos atuais!

06/02/2018 0 comentários Artigo Realidade Virtual

Chegou o momento de você ser o personagem principal da história e não um coadjuvante ou só observador. E no caso de daqui pra frente nós formos capazes de literalmente “entrar” na cena de um filme?! Após ser empregado nas áreas da publicidade, medicina e, principalmente, nos jogos eletrônicos, o cinema é a mais atual aposta da Realidade Virtual .

No Festival de Tribeca, em Nova York, Laganaro expôs seu primeiro filme em realidade virtual – Step to the Line – um documentário acerca do cotidiano de dois sistemas prisionais nos Estados Unidos. É uma espécie de teletransporte para dentro da história. Tão formidável que até o Mark Zuckerberg divulgou o curta na sua página principal do Facebook como um dos extraordinários exemplos do que a Realidade Virtual promete fazer com a sétima arte.

No Festival De Cannes, o louvado diretor Alejandro Iñárritu- de filmes como O Regresso, Babel e Biutiful – inclusive expôs sua primeira experiência imersiva com a película “Carne Y Arena”, uma obra em Realidade Virtual de seis minutos e meio acerca da questão mundial da imigração e das pessoas refugiadas.

A realidade virtual na sétima arte vai muito além dos vídeos 360 graus cada vez mais usuais em lugares como o YouTube e o próprio Facebook. A recente experiência está fazendo a cabeça dos criadores e todo esse ecossistema tão cheio de charme.

De que modo opera a sétima arte em realidade virtual?

realidede-virtual, Os espectadores usam um capacete RV, o que faz com que sua experiência seja singular, ainda que os usuários sigam a mesma narrativa. São os seus movimentos que definem o caminho a ser usado no interior da história.

Na realidade virtual , o espectador está integralmente cercado pelo campo narrativo – o que causa um desafio muito maior nas filmagens, visto que câmeras e operadores necessitam de se disfarçar em meio ao local de filmagem, para que não possam ser identificados ao longo da própria narrativa. A imersão provocada torna maior a afinidade ao que ocorre, de maneira que o espectador se sinta mais perto dos personagens e seus sentimentos. Não por acaso, muitos se referem ao RV como “propagador de situações”.

Uma questão fundamental pré-determinada na narrativa implementada é se o corpo do espectador está presente ou não no universo em RV – isto é, se ele só observa ou inclusive está presente naquele cenário, havendo a possibilidade de ser reconhecido. A interatividade com personagens e cenários é o enorme desafio, de forma a sincronizar ações inúmeras e ainda mesmo olhar seu próprio corpo – algo que, ainda, possui limitações técnicas.

O primeiro cinema de realidade virtual no mundo

primeiro-cinema-realidede-virtual, O grupo “samhoud Media” fundou o “The Virtual Reality Cinema”: o primeiro espaço fixo do mundo na qual, ao invés de um painel enorme de cinema, os visitantes são convidados a vestir um kit de realidade virtual – com direito a óculos e fones de ouvido.

Situado em Amsterdã, nos Países Baixos, o lugar possui cinquenta Samsung Gear VR combinados com os smartphones Samsung Galaxy S6 – selecionados por não possuírem cabos em excesso e proporcionarem uma locomoção mais amplo – além de assentos que giram 360º a fim de garantir a mais apropriada experiência possível. Para a parte do som, são mais cinquenta fones de ouvido Sennheiser.

Cada sessão tem 30 min e é constituída por conteúdos especificamente desenvolvidos para a tecnologia de realidade virtual, como pôr você no centro do palco ao longo de uma apresentação do grupo U2 ou voar por cima de Nova York de helicóptero.

Filmes em Realidade Virtual apresentam-se em nosso país

Em festivais

O Festival Varilux de Cinema Francês 2017 vai ofertar uma Exposição de películas francesas com tecnologia de realidade virtual. É a primeira vez que um festival no Brasil proporciona uma seleção específica a esse gênero, que acaba de ingressar inclusive no Festival de Cannes no ano de 2017 com um filme de Alejandro Gonzalez Iñarritu, “Carne e Areia”.

A mostra vai contar com 8 obras em trezentos e sessenta graus que exploram a capacidade da realidade virtual em vários gêneros como ação, ficção científica, animação e documentário, todas elas foram feitas por mestres em inovação audiovisual na França. As obras irão ser apresentadas gratuitamente ao público de São Paulo e Rio de Janeiro. As mostras, realizadas em cadeiras giratórias e com óculos de realidade virtual, ocorrem entre seis e dezoito do mês de Junho em São Paulo e de 9 a 18 do mês de Junho na cidade do Rio de Janeiro.

A seleção será assistida pelo Michel Reilhac, curador de quatro filmes “Best-of da criação independente de realidade virtual da França” que também estará em conferências em São Paulo e no Rio de Janeiro. Profissional reconhecido no território europeu, sendo o atual diretor do Submarine Channel em Amsterdã. Reilhac se define como “arquiteto de histórias interativas”.

Reilhac acredita que gradativamente a tecnologia da realidade virtual se tornará uma nova tendência. “O meu desejo é que aprendamos apressadamente como a realidade virtual é capaz de ser uma forma fantástica de dividir experiências que não seriam realizáveis na realidade, entretanto não como uma alteração de todas as coisas que não somos capazes de fazer de modo físico”, afirma Reilhac.

Nos cinemas

Os principais shoppings da cidade de Belo Horizonte abrigarão o Cine Virtual, um programa inclusive inédito em território brasileiro de cinemas em realidade virtual. Divergente de uma sala de cinema tradicional, a ideia é que os clientes sentem-se em uma cadeira giratória, com um óculos especial e headphones ligados a um aparelho celular.

No lugar de ficarem inertes assistindo a uma projeção em tela, as pessoas são capazes de girar em suas cadeiras para acompanhar as filmagens em trezentos e sessenta graus. Segundo Guto Aeraphe, criador do projeto, o Cine Virtual é igual ao primeiro cinema com realidade virtual do planeta, estabelecido em março em Amsterdã, na Holanda. No exterior os ingressos custam, aproximadamente, € 12, 50. No Brasil, a exibição irá sair por R$ 10, com duração média de 10 min.

No último fim de semana, a cidade de Divinópolis obteve uma exibição desta experiência. A iniciativa é produto de uma parceria do Canal Webseriados.tv e da produtora Cinemarketing Filmes. Inclusive existem expectativas de que outras salas de realidade virtual sejam criadas no Brasil. Os conteúdos dessas novas salas serão produzidos especificamente para esta tecnologia.

Bate-papo com o diretor de cinema e webséries Guto Aeraphe

Guto Aeraphe, central encarregado pelo desenvolvimento do Cine Virtual, revela que a ideia é que o projeto seja itinerante, inclusive com exibições de filmes ao ar livre. Especialista em narrativa transmídia e branded content, ele trabalha com audiovisual desde 1997 e garante que a iniciativa não vai concorrer com a programação das salas de apresentação dos cinemas convencionais. Na entrevista abaixo, Aeraphe fala mais detalhes sobre esse projeto precursor e do primeiro filme interativo que acha-se sendo desenvolvido pelo canal Webseriados. televisão e a Cinemarketing Filmes:

1)De que maneira surgiu a ideia Cine Virtual e quais são as dificuldades de produção de um cinema de realidade virtual no Brasil?

Tenho acompanhado essa nova tecnologia de captação de imagens há certo tempo e desde então comecei a procurar as diferenças entre a narrativa audiovisual convencional e a da criação em 360º e fiquei fascinado com as possibilidades. O curioso é que a questão da dificuldade de desenvolvimento de uma filmagem em realidade virtual não é tecnológica e sim conceitual. Antes os espectadores saíam do cinema dizendo “nossa, eu adorei aquela cena”. Nos dias de hoje, eles vão dizer “nossa, eu estava naquela cena”. Logo quem escreve e dirige filmes precisa deixar para trás aquela antiga pergunta com relação a onde colocar a câmera no set, para tentar responder a esta nova que é onde botar o espectador na cena. Esse é o ponto.

2) O Cine Virtual possui algum tipo de relação com o VR Cinema inaugurado na Holanda?

Com certeza a decisão de fundar um cinema de realidade virtual teve influência do VR Cinema, que como inicial no planeta, acaba por se tornar um parâmetro. Entretanto é óbvio que a palavra final foi tomada logo após que fizemos uma pesquisa de mercado para observar como o público brasileiro ia receber. Foi constatado que 87, 5% dos entrevistados não possuíam noção da tecnologia e desses 90% receberam positivamente a experiência de ver em trezentos e sessenta graus. Estamos chamando isto de fator “Uau! “, um nome interno para expressar o sentimento de quem adquire contato pela primeira vez com a tecnologia.

3) Qual é o tamanho do time envolvido com esse projeto?

Nossa equipe é pequena, entretanto eficiente. Cremos que em poucos meses vamos expandir enquanto a demanda pelo trabalho for crescendo, já que acreditamos bastante nesse formato.

4) Você acredita que esse será o futuro do entretenimento?

Talvez seja um pouco cedo afirmar que esse tipo de lazer irá competir com equivalência com as salas de cinema, entretanto, em tratando-se de tecnologia colaborativa, quem arriscaria uma previsão?

5) Em que ocasião exatamente poderemos ver este projeto funcionando este ano e por qual razão Belo Horizonte foi a cidade escolhida para seu lançamento?

Estamos na fase inicial da montagem do negócio e cremos que iremos botar tudo em movimento no mês de Julho, para aproveitar a programação de férias dos shoppings. Como bom mineiro, não poderia deixar de reverenciar a nossa capital e fazer a abertura em Belo Horizonte.

6) Vamos ter mostras itinerantes pelo restante do Brasil?

A estrutura foi pensada para ser itinerante, sendo tranquilamente deslocada de um espaço para outro, proporcionando que sejamos capazes de conduzí-la para shows abertos como os eventos de cinema que ocorrem ao redor de todo o Território brasileiro.

7) Quais são os shoppings de Belo Horizonte que abrigarão esta iniciativa e de que maneira o Cine Virtual concorre com a programação dos cinemas tradicionais?

Inclusive estamos negociando os possíveis locais das primeiras exibições, entretanto sou capaz de dizer que o Cine Virtual não disputa com as mostras tradicionais. Especialmente em razão de suas propriedades é uma outra maneira de divertimento. Os filmes são reduzidos, com praticamente dez minutos e a experiência é mais forte e interativa.

8) Ele irá ter um lugar com capacidade para quantas pessoas simultaneamente?

Vão ser montados de seis a dez aparelhos que vão funcionar durante todo o horário normal de trabalho dos shoppings.

9) Hoje temos muitas tecnologias diferentes envolvidas com simuladores de realidade. O Cine Virtual usará um óculos especial para imersão dos espectadores, esse dispositivo será um Oculus Rift, Samsung Gear VR ou Cardboard?

Ainda estamos fechando acordos de parceria com relação às tecnologias utilizadas e por essa razão não podemos falar quais os dispositivos serão usados, porém, com certeza, irão ser de qualidade.

10) Fale mais com relação ao processo de elaboração do primeiro filme interativo que está sendo produzido pelo canal Webseriados. tv e a Cinemarketing Filmes.

Achamo-nos já em fase de pré-produção do filme que será apresentado na inauguração. É um thriller, repleto de suspense com ótimas pontas de terror. Na nossa pesquisa, mais de sessenta por cento do público solicitou este tipo de filme. Trata-se da perseguição a um assassino serial que está atacando nas redes sociais. E o grande diferencial é que o filme será interativo e haverá a probabilidade de 3 finais diferentes. Com certeza cada um que tiver a chance de ver o filme irá ter uma experiência única.

Liga da Justiça e Aquaman em Realidade Virtual

liga-da-justica A Imax continua seu deslocamento para a realidade virtual, anunciando um contrato de co-financiamento e produção com a “Warner Bros. Home Entertainment”, mediante o qual criarão e lançarão um trio de experiências VR baseadas nos filmes da Liga da Justiça, Aquaman e outro título ainda não revelado.

As empresas planejam lançar uma experiência todo ano – iniciando com Liga da Justiça VR no final de 2017 – com uma janela exclusiva em páginas de VR baseados em localização da Imax antes de tornar o filme livre para outras plataformas de VR.

Imax está iniciando a lançar VR baseado em posicionamento através de “pods” que seriam postos em salas de cinema e outros espaços públicos. O primeiro website de testes é o Centro de Experiência VR, perto de The Grove, em Los Angeles, com 5 novos grupos inaugurados em Nova York, Califórnia, Reino Unido e Xangai nos próximos meses. Se for bem sucedido, a pretensão é lançar o conceito em todo o planeta para selecionar multiplexes, tal como lugares comerciais, como centros comerciais e destinos turísticos.

“Cremos que reunir os personagens da Liga da Justiça e Aquaman de nossas bem famosas propriedades da DC expandirá o apelo dessa tecnologia de rápido engrandecimento”, incluiu Ron Sanders, presidente da “Warner Bros”.

A Imax já firmou contratos de conteúdo VR com o Skydance de David Ellison e a empresa de games Ubisoft. Parte deste conteúdo chega a envolver o emprego de reguladores de deslocamento, coletes hápticos ou assentos estabilizados por deslocamento de D-Box nos lugares da Imax.

Tags: cinema

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